Anne Rocha
Você já parou para contar quantas horas passa na mesma posição? Seja se divertindo ou trabalhando, a má postura é uma consequência das facilidades vindas com a modernidade. É inegável a praticidade de computadores, telefones, televisões, controles remotos, elevadores, direção hidráulica e outras tecnologias, mas o preço pago pelo corpo humano são graves desvios posturais. Os músculos, quando mantidos inertes, se adaptam, encolhem e encurtam causando dores e problemas sérios nas costas. A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que cerca de 85% da população sofra desse mal. E que os 15% restantes ainda vão sofrer por causa dele.
Você já parou para contar quantas horas passa na mesma posição? Seja se divertindo ou trabalhando, a má postura é uma consequência das facilidades vindas com a modernidade. É inegável a praticidade de computadores, telefones, televisões, controles remotos, elevadores, direção hidráulica e outras tecnologias, mas o preço pago pelo corpo humano são graves desvios posturais. Os músculos, quando mantidos inertes, se adaptam, encolhem e encurtam causando dores e problemas sérios nas costas. A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que cerca de 85% da população sofra desse mal. E que os 15% restantes ainda vão sofrer por causa dele.
Para resolver esse problema é preciso colocar tudo no lugar outra vez, alogando e descontraindo os músculos. E é justamente dessa maneira que age a RPG, reeducação postural global. Criada em 1981 pelo fisioterapeuta francês Philippe Souchard, essa técnica se baseia em oito posições - treinadas durante sessões de até uma hora - e fazem com que o paciente reaprenda a postura correta, livrando-se das dores. Os movimentos são aliados a exercícios respiratórios e o paciente faz 80% do trabalho, seguindo a orientação do rpgista. O tempo de tratamento varia, podendo durar de 3 meses a 2 anos. Por trabalhar com partes sensíveis do corpo, como a coluna, a técnica só pode ser aplicada por fisioterapeutas que possuam curso de capacitação de, no mínimo, 240 horas, aprovado pelos Conselhos Federal e Regional de Fisioterapia (Cofito e Crefito).
Sofrendo devido a uma grave uma escoliose, Flavia Melo, 22 anos, foi aconselhada por familiares a praticar RPG. Deu certo. Hoje, após mais de um ano de tratamento semanal, as dores nas costas viraram coisa do passado. "Eu já havia incoporado as dores à minha rotina. Tomava remédios, praticava outros exercícios e nada adiantava. Com a RPG, voltei a viver normalmente, recuperei minha qualidade de vida", conta. A rpgista de Flavia, Karla Costa, explica que a diferença entre a fisioterapia convencional e a RPG é que a fisioterapia convencional trata o foco da dor e a RPG avalia e trata o paciente globalmente. "Cada organismo responde de uma forma específica às doenças e aos tratamentos. Por isso, as sessões são feitas individualmente, após uma avaliação completa e detalhada das necessidades de cada um", diz. Além de escoliose, outros problemas podem ser tratados pela RPG, como hiperlordose, hérnia de disco, torcicolo, artrose e, até mesmo, enxaquecas.
Trazida ao Brasil em 1999 por seu próprio criador, que se apaixonou pelo país e fundou em São Paulo o seu único centro de formação de rpgistas fora da França, o número de adeptos da prática no país ainda está aquém das expectivas. Apesar da metade dos cerca de onze mil especialistas na técnica existentes em todo o mundo estarem no Brasil, muitos acham o tratamento caro, podendo custar de R$50 a R$100 uma única sessão. Custos à parte, o método é eficaz. Em geral, a pessoa que recebe alta da RPG teve seu problema resolvido - a não ser em casos muito avançados, em que a técnica ajuda a minimizar a dor. Porém, é recomendado um acompanhamento, porque no dia-a-dia, o paciente pode desaprender as posturas corretas. Para evitar isso, basta que ele seja avaliado a cada seis meses, como manutenção.
Saiba mais:
- Sociedade Brasileira de RPG
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