sexta-feira, 20 de junho de 2008

Entenda o processo de doação de ossos

Valéria Cristina

O processo de doação se desdobra em várias fases. Na primeira delas, o estabelecimento de saúde onde se encontra o doador deverá comunicar à Central Estadual de Transplantes sobre a possibilidade de uma nova doação. A equipe da Central, então, realizará exames à procura de indícios de doenças transmitidas pelo sangue, como hepatite, AIDS e toxoplasmose, que podem infectar o receptor. Durante os exames, o doador também pode ser excluído quando câncer, doenças reumáticas, infecciosas ou neurológicas são detectados. Além disso, a família deverá responder a um questionário clínico sobre o histórico de saúde do doador.

Quem deseja se tornar doador de ossos e tecidos, deve comunicar essa vontade à família. Isso porque, quando ocorrer o óbito, a cirurgia para retirada do osso somente poderá ser efetuada mediante autorização de parente próximo ou representante legal do doador.

Após essas investigações preliminares, a Central entrará em contato com o banco de tecidos-músculo-esqueléticos local para que a captação seja realizada. Os ossos e tecidos, então, serão encaminhados para o banco de ossos onde o tecido será processado e exames sorológicos, bacteriológicos, fúngicos, radiológicos e histopatológicos serão realizados para afastar os riscos para a saúde do receptor. No Rio de Janeiro, o trabalho de captação é feito exclusivamente pelo Into que criou, em 1989, o único banco de ossos do estado e o maior em capacidade instalada do país. Após a realização destes exames e do questionário, fica praticamente excluída a possibilidade de transmissão de doenças infecto-contagiosas através da doação. É importante esclarecer que após a retirada dos ossos, o corpo do doador é reconstruído de forma que sua aparência seja totalmente preservada.


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