sábado, 14 de junho de 2008

Especialistas alertam para problemas de alcoolismo e outras dependências químicas na Terceira Idade

Valéria Cristina

O alcoolismo está entre as causas mais comuns dos acidentes de trânsitos causados por jovens, que freqüentemente misturam a agitação da noite, o abuso de bebidas alcoólicas e a direção. No entanto, é outra faixa etária que anda preocupando os especialistas que se dedicam ao assunto. O psiquiatra Jorge Jaber, autor do livro “Alcoolismo”, da Editora Agir, e diretor da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro chama a atenção sobre os riscos do alcoolismo entre os pacientes idosos, que são mais sensíveis aos efeitos da bebida.

Jorge cita dados de uma pesquisa mundial da Editora Americana de Psiquiatria, que apontam que a droga mais usada entre os idosos é o álcool. 90% dos pacientes com mais de 65 anos, que precisam de internação, sofrem de alcoolismo. A incidência é mais comum entre os homens, e estudos do Ministério da Saúde reforçam este dado.

Por ter mais tempo livre, o idoso vai se embriagando sem perceber, pois está sempre tomando um pouco de álcool. E vai aumentando gradativamente a quantidade. Isso é mais comum principalmente entre a população de baixa renda.

O psiquiatra alertou que o álcool pode ter um efeito muito mais nocivo nas pessoas da Terceira Idade do que nos jovens:

- Os idosos possuem menos líquido circulando em seu corpo. Quando bebem, a concentração de álcool tende a ser maior e o idoso acaba se embriagando mais facilmente. Pode até se tornar compulsivo pela bebida.

Apesar dos riscos, Jorge Jaber ressaltou, porém, que está comprovado que a ingestão uma taça de vinho por dia pode diminuir o risco de doenças coronarianas.


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