Valéria Cristina
São mais de 1,4 mil pessoas que aguardam, hoje, por cirurgias de transplante ósseo apenas no Estado do Rio de Janeiro. Esses são os dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), órgão do Ministério da Saúde, onde funciona o único Banco de Ossos público do Brasil. Desde 2006, o Into vem desenvolvendo campanhas com o intuito de chamar a atenção da sociedade para os problemas enfrentados pelos bancos de ossos brasileiros, que necessitam urgentemente de doadores.
Fêmur passa por processamento antes de beneficiar pacientes ortopédicos
Na longa espera por uma doação de ossos há pessoas portadores de tumores ósseos que necessitam desse tipo de transplante para que a cirurgia de amputação seja evitada. Outros casos são os de pacientes com próteses de quadril ou de joelho que precisam ser trocadas devido ao desgaste do material. Muitos deles perdem a capacidade de locomoção devido ao agravamento do problema em função da falta de doação para a realização da cirurgia. Além de crianças portadoras de graves deformidades da coluna vertebral que necessitam de cirurgia corretiva, entre outros.
Os ossos de um único doador podem beneficiar entre 30 e 35 pacientes, e o banco de ossos do Into tem capacidade de armazenamento e processamento de tecido para realização de cerca de 600 transplantes por mês. No entanto, apesar dos investimentos do instituto, a falta de doadores faz com que a unidade opere bem abaixo de sua capacidade. O número de cirurgias vem caindo a cada ano. Em 2007, foram concretizadas 11 doações. Em 2008, até o mês de maio, foram apenas três doações. Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde realizado em 2004, em todo o país foram registradas apenas 40 captações.
Entenda o processo de doação de ossos
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