Valéria Cristina
O estudo revelou dados sobre a dinâmica da rotina de maus-tratos aos idosos, que incluem medo por parte das vítimas, o despreparo e até mesmo a omissão dos profissionais de saúde.
- A OMS detectou que o Brasil não teria condições de diminuir o grau de violência contra os idosos se não capacitasse o profissional que lida com eles. Em geral o idoso não vai fazer uma denúncia, não vai denunciar o filho, ou a instituição em que mora, que é a única que ele tem mesmo sendo de péssima qualidade – explicou a especialista.
Segundo Machado, se os idosos não fazem as denúncias, cabe à saúde pública detectar os casos de maus-tratos nas unidades de saúde, pois se o médico não tem preparo para perceber a agressão, acaba fazendo um tratamento superficial, curando as feridas, e o liberando para casa. No entanto, se a ferida for causada por maus-tratos, a tendência é que o idoso volte à unidade de saúde.
- O mais importante é capacitar o profissional de saúde para saber como ele pode usar a rede de apoio, quais são os órgãos que deve procurar, o que pode fazer, que apoio pode ter para ter condições de fazer uma intervenção adequada – selou Laura Machado.
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