segunda-feira, 28 de abril de 2008

Especialista alerta para o risco das substâncias rejuvenescedoras


Valéria Cristina

O brasileiro, de modo geral, é vaidoso e faz do culto ao corpo quase uma obsessão nacional. O avanço da medicina, a preocupação com a qualidade de vida e com o bem-estar, e, também, a estabilidade econômica fizeram a “indústria da juventude” dar um enorme salto entre a população brasileira.

O Brasil é o segundo país onde mais se realizam cirurgias plásticas no mundo, só perdendo para os Estados Unidos, como atestam os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Isso sem falar das várias substâncias que prometem verdadeiros milagres, que são despejadas no mercado todos os anos. Muitas delas acabam por colocar a saúde das pessoas em perigo, especialmente dos idosos.

O alerta foi feito pelo geriatra Salo Buksman, membro titular da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O especialista chama especial atenção para o risco do uso das substâncias ditas milagrosas, que prometem rejuvenescimento como, por exemplo, os hormônios sexuais masculino e feminino e do crescimento, drogas como procaína (anestésico local), gingko biloba, as vitaminas E e C, e betacaroteno. Buksman alerta que não existe nenhuma evidência científica que comprove a eficácia destas substâncias.

- São produtos de moda, veiculados pela mídia e vendidas por pessoas que não tem o embasamento científico necessário para fazer isso – disse.

Segundo o especialista, algumas destas substâncias podem até ser perigosas, porque encorajam as pessoas a não tomar medicamentos importantes, como os receitados para pressão, coração e diabetes. Incentivadas pelas propagandas, as pessoas interrompem seus tratamentos para tomar drogas sem nenhum tipo de utilidade.

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