Um café com saúde, por favor

Rafaela Teles

Que brasileiro não gosta de um cafezinho? Provavelmente há quem não consiga dispensar a bebida seja de manhã, no lanche da tarde ou depois de um bom jantar. “Dificilmente eu saio de casa sem tomar café. Quando não dá tempo, assim que chego no trabalho, trato logo de beber um copinho para despertar. Do contrário passo o dia inteiro sonolento e com dor de cabeça” conta o arquiteto Paulo Eduardo Ramos, 41. Mas muito se engana quem pensa que o único benefício do café é espantar aquele sono das manhãs. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, descobriram que a cafeína, substância presente na bebida, possui outras características boas para a saúde. Ela pode reduzir os riscos de doenças neurológicas, como o Alzheimer, por exemplo.

De acordo com os cientistas o café é responsável por aumentar a barreira sangüínea do cérebro, impedindo a ação das substâncias químicas em geral, entre elas as causadoras de Alzheimer e Parkinson. “Nosso cérebro é revestido por uma camada chamada barreira hematoencefálica, que é muito importante, pois age como um filtro. O sangue que circula pelo resto do corpo não pode ser o mesmo que circula no sistema nervoso ele precisa estar livre de certas substâncias que podem afetar seu bom funcionamento” explica a neurologista Patrícia Lauria, que acrescenta “Ter esta barreira fortalecida ajuda muito na prevenção de doenças ainda mais para quem já é geneticamente predisposto a enfermidades neurológicas, por este motivo é recomendável consumir alimentos que tenham esta capacidade e o café é uma boa opção, pois já está presente em nosso dia-à-dia”.

Apesar da descoberta desta propriedade benéfica do café, ele ainda deve ser consumido moderadamente. O cardiologista Luiz Felipe Muller, impõe algumas restrições “pessoas com hipertensão, taquicardia ou que tenham problemas com colesterol devem maneirar, pois o café tem elevados níveis de gordura” alerta.

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Revista Cafeicultura

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