Inicialmente, o tratamento das tatuagens com o laser era feito com aparelhos que vaporizavam os tecidos, como o laser de argônio e de dióxido de carbono, que apresentavam resultados fracos para a remoção dos pigmentos e alta incidência de efeitos colaterais e complicações, como cicatrizes hipertróficas. Até há alguns anos a saída era apenas a retirada com cirúrgica. Métodos ainda utilizados em alguns casos, apresentam limitações de acordo com o tamanho da tatuagem e a sua localização. “Quanto mais escura for a tatuagem, mais difícil de removê-la”, explica a dermatologista Liane Masarone.
O tratamento é feito em várias sessões, cujo número vai depender do tamanho da tatuagem, da profundidade do pigmento na pele e, também, da cores utilizadas nos desenhos. Escurecimento da tinta também pode ocorrer, principalmente as que contêm pigmentos de óxido de ferro e dióxido de titânio, que escurecem quando irradiados com o laser. A tinta negra é a cor mais utilizada, seguida pela azul, verde e vermelha e, depois, amarela e laranja. Tatuagens mais recentes apresentam uma maior variedade de cores, incluindo tons de rosa, roxo e cores fluorescentes. Nestes casos, para destruir seletivamente todas as cores da tatuagem pode ser preciso utilizar mais de um tipo de laser, pois cada laser atinge uma gama de cores específica. “Quando fui tirar minha tatuagem foi mais difícil a remoção das cores coloridas do que a preta. Mas gostei do resultado final, não queria mais aquela tatuagem no meu corpo”, diz a estudante de moda Luiza Figueredo que retirou a sua tatuagem há 6 meses.
As sessões não são totalmente indolores, mas o tratamento é bem suportado. Para atenuar o incômodo das aplicações pode ser utilizado um creme anestésico, que é aplicado no local uma hora antes da sessão. A grande vantagem do laser, é que a pele que não foi tatuada não é atingida pelo tratamento, pois a luz emitida pelo aparelho é atraída seletivamente pelas cores da tatuagem.
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